sexta-feira, 6 de abril de 2012

Se eu fosse feia

    Se eu fosse feia o meu pai não olhava para mim.
   Não recebia prendas no meu aniversário nem no Natal.
   E os meus livros, quando eu os abria eles fechavam-se.
   E as portas a mesma coisa.
   E a relva transformava-se em lama.
   E se eu apanhasse uma flor, ela murchava.
   E se eu escrevesse no papel a borracha apagava a escritura. 
   E se eu quisesse abraçar alguém a pessoa que eu ia abraçar fugia a sete pés.

Ana Luísa  4ºC              

A menina desconhecida


                Há muitos anos estava um menino a brincar no campo. Depois de esse menino brincar muito apareceu uma menina. Parecia não ter família. Os dois brincavam. Foram falando e souberam mais um do outro. Tornaram-se os melhores amigos jamais vistos. Eles faziam corridas e outras brincadeiras, como à apanhada e às escondidas.
                Um dia a menina ficou triste e o menino conversou com ela mas não conseguiu saber porque é que ela estava tão triste.
Então foi-se embora e investigou até não conseguir mais. Investigou tanto que veio a saber que na semana seguinte ela ia fazer dez anos. Ainda faltava alguns dias para ela fazer anos, mas ela sentia a falta da família.
O menino ficou com pena e foi contar a toda a aldeia para lhe fazer uma festa surpresa.
 No dia do seu aniversário, vinte e cinco de fevereiro, foi à cozinha, acendeu a luz e no momento em que acendeu a luz saltaram todas as pessoas da aldeia a gritar “surpresa”. A menina até chorou de alegria. Para acabar foram fazer campismo num parque e mergulhar na piscina.
                A partir desse dia, a menina nunca mais ficou triste e ficou a saber os amigos que tinha.

Rafael Quintino, 4ºC, Nº18